Fonte – Jorge Roberto
“O quadro, do ponto de vista criminal, é o seguinte: 80% dos crimes ocorridos em Paranavaí são impulsionados pelo uso da droga ou do álcool. Sob efeito das drogas a pessoa não tem dúvida que deve agir criminosamente. Sóbrio, mesmo pré-disposto a cometer um crime, fica na dúvida. Mas sob o efeito ou pela necessidade dela, comete o crime. E as vezes é até uma pessoa do bem, que tinha uma vida digna, trabalhador, mas a droga o impulsionou ao crime”.
A afirmação é do delegado-chefe da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, Luiz Carlos Mânica, ao reafirmar sua preocupação com a falta de uma política para atender a população carcerária que não está sendo preparada para a ressocialização quando deixar a cadeia. “A pessoa que cometeu um delito sob o efeito da droga vai sair da cadeia. E daí? Vai continuar sendo um viciado? O que vamos fazer para evitar que ele retorne às drogas? Temos que discutir isso, temos que criar alternativas para este público”, defendeu ele.
Durante evento realizado na OAB de Paranavaí, dentro do Junho Paraná sem Drogas (Junho Branco), o policial abordou este problema e pediu às instituições como o Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas (Comud) que ajudem na recuperação deste estrato social.
Mânica diz que o uso da droga não é crime, mas seu efeito muda a personalidade da pessoa e lamenta que a sociedade tem visto a prisão como uma alternativa para a solução do problema. “Não é”, garante ele. “A prisão deveria ser o último recurso, mas há quem queira recorrer a ela no primeiro sinal do problema”.
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