Por Waldur Trentini
O Estado do Paraná, pela atitude de alguns Secretários, está cada vez mais distante da população.
Vê-se na edição de hoje (04/07/2015), do Diário do Noroeste, que o Secretário de Estado da Saúde sepultou o Hospital Regional, construído com o dinheiro do povo para atender a população da Região da Amunpar, chamado-o de “ex-Hospital Regional”. – Leia em n/blog –
Olhei com lupa. Novamente com lupa olhei. E não vi na “inauguração” do Pronto Socorro, nenhum representante da sociedade civil. Vi prefeitos, empreiteiro, funcionários. Vi um deputado, atuante, que poderia representar a população. Mas, como médico que é, nessa inauguração integrou a estrutura. Os representantes da Conferência de Saúde, a quem o Secretário ofendeu, ao dizer que falam do que desconhecem, não estavam presentes, porque não foram convidados para a festa de “inauguração”.
O evento “inauguração, foi preparado de última hora – sem planejamento, portanto – e sem distribuição de convite. Convidaram só as autoridades políticas – algumas, as mais iguais!
Quem desconhece a estrutura da saúde pública de Paranavaí é o Secretário de Estado da Saúde do Paraná, que cada vez mais afasta a população das decisões da saúde pública. Ele defendia há 3 anos atrás o encaminhamento dos pacientes com câncer para Umuarama, em vez de Paranavaí, ou na cidade mais próxima, que é Maringá – tivemos que intervir para frear esse ímpeto do Secretário. Ele defende que parte de todo o dinheiro público aplicado para a saúde pública seja revertido em construções, instalações e equipamentos para uso particular e de convênio – ferindo o direito da população de ter um serviço público de qualidade.
O Estado do Paraná, com recursos do povo e não do Secretário, tem investido alto na saúde pública, e esse é um ponto positivo. Mas, tem terceirizado parte do atendimento da saúde pública, e esse é um ponto altamente negativo. Mais negativo ainda é o fato da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná ter afastado a população de Paranavaí das decisões sobre a saúde pública. Para se ter uma noção da gravidade do autoritarismo e do alijamento da população das discussões da saúde pública em Paranavaí, a Secretaria de Estado da Saúde chegou ao limite – agora em 2014 e não em 1888 quando imperava a escravidão – de proibir até que fossem gravadas as reuniões com representantes da população, quando participava o Conselho de Saúde, que se realizavam mensalmente na 14a Regional de Saúde – fato que teve que ser enfrentado pelo Conselho de Saúde para que esse autoritarismo fosse impedido de prosseguir.
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