Fonte – Rádio CBN Brasil
Nesta semana, o delator do esquema fez um complemento na delação premiada e entregou ao Ministério Público mais três gravações feitas por ele em 2013. Em uma delas, o ex-governador pergunta se as empreiteiras estavam com pagamentos em dia e o empresário Tony Garcia diz que está controlando a situação.
O Ministério Público do Paraná recebeu novas gravações que ligam o ex-governador do estado, Beto Richa, do PSDB, a um esquema de desvio de dinheiro público de obras em rodovias rurais. O esquema foi descoberto pelo Gaeco do Paraná e levou Richa à prisão durante a campanha eleitoral do ano passado na chamada Operação Rádio Patrulha. O delator do esquema, o empresário Tony Garcia, gravou uma série de conversas com políticos e empreiteiros paranaenses enquanto acertavam detalhes dos pagamentos de propina.
Nesta semana, Garcia fez um complemento na delação premiada e entregou ao Ministério Público mais três gravações feitas por ele em 2013. A CBN teve acesso às gravações. Uma delas é com Beto Richa. No áudio, de pouco mais de quatro minutos, Richa pergunta se as empreiteiras estavam com os pagamentos em dia e Tony Garcia diz que está controlando a situação. O áudio tem baixa qualidade, mas em um dos trechos, é possível ouvir o nome de Celso Frare, dono de uma das empreiteiras investigadas. Celso confessou pagamentos de propina de R$ 900 mil.
Tony Garcia era uma espécie de intermediário do esquema e fazia a ligação entre os empreiteiros que pagavam propina e os políticos do grupo de Beto Richa que recebiam o dinheiro. Garcia assinou um acordo de colaboração com o Gaeco do Paraná que levou à deflagração da Operação Rádio Patrulha. Segundo as investigações, o grupo de Richa teria direcionado a licitação do programa “Patrulha no campo”, criado para revitalizar rodovias rurais.
Três empresas venceram a licitação, e em contrapartida, superfaturavam os contratos para repassar propina ao ex-governador e outros aliados. Os repasses eram de 8% do total dos contratos e passaram de oito milhões de reais, segundo o MP. Richa foi apontado como chefe do esquema, mas negou todas as acusações em depoimento aos promotores.
Os novos áudios entregues por Tony Garcia passarão por perícia no MP para verificar se não houve cortes ou edições. Há também gravações com o primo de Richa, Luiz Abi, apontado como operador financeiro do tucano, e com o empresário Joel Malucelli, dono da construtora J. Malucelli, que é investigada pelo Gaeco. Em uma das conversas, Luiz Abi diz que foi chamado de “guloso” por Richa porque teria pedido propina acima do percentual acertado inicialmente com uma empresa de software.
A CBN entrou em contato com a defesa de Beto Richa e aguarda um posicionamento. O tucano está preso em decorrência da Lava Jato e nesta quinta-feira foi transferido para um presídio na região metropolitana de Curitiba.
***Atualizado às 16h de 31/1 via Gazeta do Povo – “Richa é levado para o Complexo Médico Penal e ficará com outros presos da Lava Jato”
kd os amigos do Beto…mamaram muiito e agora nao ligam mais pra mamae kkkkkkk