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O secretário da Saúde do Paraná, Michele Caputo Neto, que esteve na região na quinta e sexta-feira, disse que vale à pena investir na Santa Casa. “Condicionamos a liberação de recursos a resultados, o critério não é simpatia ou preferência. E a Santa Casa sempre dá resposta positiva aos recursos investidos”, disse ele.
A manifestação foi feita no final da tarde de sexta-feira (8), no II Encontro de Pacientes Bariátricos da Santa Casa de Paranavaí, realizado no auditório da Unipar. Um dos exemplos citado por Caputo foi o serviço de cirurgia bariátrica e aquele encontro. “O que estamos vendo aqui mostra o comprometimento de toda a equipe multidisciplinar do serviço de cirurgia bariátrica. O acompanhamento do paciente depois da cirurgia é muito importante”, reforçou o secretário. Ele se entusiasmou tanto com este trabalho que chegou a levantar a possibilidade de a equipe de Paranavaí fazer cirurgias em Maringá.
Ao falar da ampliação do número de cirurgias bariátricas realizadas em Paranavaí, autorizada por ele, Caputo reforçou que “temos que investir onde dá resultados. E em Paranavaí dá resultados. É uma boa parceria”.
Reforçando este trabalho de parceria, o secretário informou que acabara de assinar contrato para a segunda etapa de obras da Unidade Morumbi da Santa Casa, onde o Governo do Estado vai investir mais R$ 11 milhões. “Com o novo hospital, vamos aumentar os leitos, inclusive de UTI. E atendimentos que os pacientes tinham que procurar em Maringá, Londrina ou Curitiba poderão ser feitos aqui”, disse ele, estimando que em 18 meses a Unidade Morumbi estará funcionando.
Voltando a falar do serviço de cirurgia bariátrica da Santa Casa, Caputo lembrou que “quando o hospital tem capacidade instalada e profissionais competentes, o Governo tem a obrigação de financiar” as atividades de saúde.
HOSPITAL FECHADO – O secretário Michele Caputo foi recepcionado pelo cirurgião Leônidas Fávero, da equipe do serviço de cirurgia bariátrica. O médico disse que a evolução do serviço de quatro cirurgias em 2009 para 30 cirurgias hoje é conseqüência “da sensibilidade” do secretário, que “propiciou investimentos”.
Para o cirurgião, o investimento não foi só neste serviço. “Ouso dizer que se não fosse os investimentos proporcionados pelo secretário, o hospital estaria fechado, disse ele. Chamado a falar sobre o assunto, o diretor-geral da Santa Casa, Héracles Arrais, que estava na platéia, confirmou: “com certeza”.
Para Leônidas, a transformação e evolução da saúde no Paraná é resultado do trabalho de Caputo. “Ele transformou a saúde do nosso estado”, afirmou o cirurgião.
Encontro promove a troca de experiência e tira dúvidas
O encontro é uma atividade que permite aos pacientes de cirurgia bariátrica tirar suas dúvidas, trocar experiências e até acalmar a ansiedade. Neste encontro promovido na tarde de sexta-feira uma equipe multiprofissional tratou de assuntos como a reposição vitamínica no pós operatório, a importância da atividade física, aspectos nutricionais que impactam a qualidade de vida do paciente, acompanhamento psicológico, cuidados estéticos e neutralizadores de odores, segundo a nutricionista Danielly Marinuchi, da equipe do Serviço de Cirurgia Bariátrica da Santa Casa.
O cirurgião Leônidas Fávero explicou que, a rigor, o paciente fica sob os cuidados da equipe multidisciplinar até 18 meses após a cirurgia. “Muitos ficam até mais”, diz ele. É que o paciente passa por diversas fases no processo de perda de peso. “Ora não pode fazer atividade física, depois tem que fazer atividade física; Alguns alimentos não devem ser ingeridos, depois já podem. Então tem que haver um acompanhamento ambulatorial”, explica o médico.
Nestes encontros reúnem-se pacientes com pouco tempo de cirurgia (dois meses, por exemplo) até paciente que realizaram o procedimento quatro anos atrás.
Leônidas Fávero disse que a cirurgia bariátrica só é realizada quando o caso do paciente é indicado para controlar ou evitar uma doença iminente. Ele descarta qualquer possibilidade de realização da cirurgia para casos específicos de estética.