O prefeito Rogério Lorenzetti voltou a defender a legitimidade do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério Público da Educação Básica, desta vez durante a Mobilização Municipalista Estratégias e Ações para 2012, realizada ontem no Congresso Nacional, em Brasília. O evento foi organizado pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), entidade que defende os interesses dos municípios brasileiros.

O valor do piso, que foi fixado nesta semana pelo Ministério da Educação em R$ 1.451,00, poderá, de acordo com a CNM, complicar as finanças dos municípios que terão que contratar professores adicionais, para manter a carga horária estipulada em lei, e estender o piso aos aposentados e inativos.

A preocupação da entidade é que alguns municípios acabem ultrapassando o chamado limite prudencial da folha de pagamento e deixem de cumprir com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Na opinião de Lorenzetti, para que não haja desequilíbrio financeiro nas contas públicas, o Governo Federal deveria tirar a educação do limite estipulado para despesas com pessoal e estipular um novo limite para despesas com profissionais da educação.

“Temos que valorizar os profissionais do magistério sob pena de não haver professores no futuro. Atualmente, são poucos os profissionais que se dispõem a seguir essa carreira, e isso em virtude dos baixos salários”, discursou o prefeito durante a mobilização.

Além do piso do magistério, a mobilização desta terça-feira ainda debateu temas como a divisão dos royalties do petróleo, Emenda Parlamentar 29, finanças e procedimentos para encerramento de mandato.